O presidente do Instituto Aço Brasil (IABR), Marco Pólo Lopes, disse nesta quarta-feira, 29, que a retomada do consumo do produto no mundo aos níveis de 2007, ano que antecedeu uma série de crises globais, só acontecerá em 2014. Antes da turbulência internacional vista mais uma vez no ano passado, a expectativa era de que essa recuperação das compras ocorresse a partir deste ano.
“O mundo está de cabeça para baixo. A crise de 2010 e 2011 fez com que as relações de comércio se alterassem no mundo”, disse o executivo na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. “Tínhamos a previsão, no setor do aço, de que as grandes economias retomariam os níveis de consumo de 2007 este ano. Mas com a crise de 2011, vamos ter de aguardar pelo menos mais dois anos”, continuou.
Lopes ressaltou que o consumo de aço, desenvolvimento e o crescimento do PIB “andam juntos”. Os executivos estão reunidos com representantes dos trabalhadores para reivindicar a aprovação do projeto de Resolução do Senado número 72 (72/2010), do senador Romero Jucá.
O projeto estabelece alíquota zero do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior que, após o seu desembaraço aduaneiro, não tenham sido submetidos a processo de industrialização ou tenham se submetidos a alterações. A expectativa é a de que a nova regra acabe com a chamada “guerra dos portos”.
“É inaceitável ampliação das importações com redução do ICMS para importações. O governo federal também é contra essa iniciativa. Então a quem é que isso atende”, questionou. “Entendemos que isso é inaceitável, não pode persistir”, acrescentou. Ontem, representantes dos trabalhadores e dos empresários estiveram reunidos com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) para apressar a votação da resolução 72/2010 na Casa.