Rio – As expectativas do consumidor para o próximo semestre pioraram em relação à situação verificada no início do ano. Segundo a edição de julho da Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), embora tenha ocorrido uma evolução positiva na percepção da situação econômica do País, esta melhora não foi incorporada ao ambiente financeiro familiar.

Além disso, o consumidor está projetando uma dificuldade maior na obtenção de emprego, nos próximos seis meses, o que reduz ainda mais suas futuras intenções de consumo. A edição de julho é a quarta desde o início da sondagem. Porém, foi a primeira divulgação pública da pesquisa, que passará a ser anunciada trimestralmente pela FGV. A instituição pesquisou dois mil domicílios, em 12 capitais, entrevistando famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.

A deterioração nas expectativas do consumidor pode ser identificada na comparação dos resultados da Sondagem de julho com os do início do ano. A análise mostra que 20,14% dos pesquisados acreditam que a situação nos próximos seis meses estará pior. Em janeiro, este percentual era de 12,86%. Já 42,5% dos entrevistados avaliam que a situação econômica do País estará melhor no período; este percentual era de 55,29% em janeiro.

“O consumidor está identificando sinais tênues e difusos de melhora na situação geral atual do País”, disse o economista da FGV, Salomão Quadros. Cerca de 28,53% dos entrevistados avaliam que a situação econômica presente do País está boa ou normal.

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