A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 9,2% em junho, informou, nesta quinta-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores. O resultado é, pelo quarto mês consecutivo, o maior da série histórica, iniciada em setembro de 2005. Em maio, a expectativa das famílias já havia marcado esse recorde, com um resultado de 8,9% para os 12 meses à frente.

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“É interessante observar a velocidade com que as expectativas dos consumidores com relação à inflação estão aumentando”, diz o economista Pedro Costa Ferreira, pesquisador da FGV. Segundo ele, o indicador subiu 1,8 ponto porcentual entre dezembro do ano passado e junho de 2015, uma alta superior a 25% no período.

“Além disso, verifica-se uma forte concentração das respostas nas faixas acima de 8%, indicando que o pessimismo com relação à inflação atingiu a população de forma generalizada”, acrescenta.

O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente.

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A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Perto de 75% destes entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.