A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 9,1% em dezembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 22, por meio do Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores. Pelo segundo mês consecutivo, o resultado ficou estável em relação ao dado do mês anterior (9,2%).

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“Em 2016, a expectativa de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses cedeu 1,9 ponto porcentual com uma acomodação nos últimos três meses, acompanhando a desaceleração do IPCA. Este é um resultado esperado, uma vez que a inflação acumulada nos últimos 12 meses é uma das variáveis mais importantes na formação das expectativas dos consumidores. Desta forma, espera-se ainda novas quedas na expectativa de inflação dos consumidores”, afirmou o economista Pedro Costa Ferreira, em nota.

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Em dezembro houve um aumento da proporção de consumidores prevendo inflação dentro da banda do regime de metas de inflação (4,5% e 6,5%) nos 12 meses seguintes, de 11,1% para 11,9%.

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Houve alta das expectativas de inflação somente nas famílias que ganham entre R$2.100,01 e R$4.800,00. Nesse grupo, as expectativas passaram de 9,3% para 9,8%. Nas demais faixas, a expectativa de inflação dos consumidores recuou.

O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente.

A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% destes entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.