A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 6,3% em agosto, um recuo de 0,6 ponto em relação ao resultado de 6,9% registrado em julho, informou nesta quinta-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores.

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O indicador alcançou o menor nível desde julho de 2012, quando estava em 6,2%. “A contínua queda nos preços dos alimentos parece finalmente ter impactado de forma mais significativa a percepção de inflação pelos consumidores de menor poder aquisitivo. E a queda de 2,1 pontos da mediana das previsões de inflação realizadas por este grupo ocorre a despeito do aumento recente nos preços de combustíveis e de energia”, avaliou a economista Viviane Seda Bittencourt, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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Houve aumento da incidência de respostas inferiores à meta de inflação perseguida pelo Banco Central, de 4,5%. A proporção de consumidores prevendo inflação abaixo da meta passou de 30,1% do total em julho para 31,5% em agosto. Por outro lado, aumentou também a proporção de previsões de inflação entre 6% – teto de tolerância do regime de metas – e 12%, passando de 32% para 35% do total, após 14 meses de quedas.

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A inflação prevista ficou estável em três das quatro faixas de renda. A queda do indicador nacional em agosto foi consequência da redução de 2,1 pontos na inflação prevista pela faixa de renda familiar até R$ 2.100,00 mensais. A inflação mais alta, de 7,7%, foi prevista pelos consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. A expectativa mais baixa, de 5,0%, é prevista pelos consumidores de renda mais alta, que recebem acima de R$ 9.600,00 mensais.

O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.