A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 5,9% em novembro, um recuo de 0,5 ponto porcentual em relação ao resultado de 6,4% registrado em outubro, informou na manhã desta segunda-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. O resultado é o mais baixo desde fevereiro de 2008, quando o indicador estava em 5,8%.

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“Como previsto nos meses anteriores, a expectativa de inflação dos consumidores se mantém em queda. O fator que mais contribui para essa tendência de queda das expectativas é a percepção da inflação atual, IPCA acumulado em 2017, e a repercussão positiva relacionada ao controle dos preços. Seguindo a mesma linha de raciocínio dos últimos meses, espera-se que a expectativa de inflação dos consumidores feche o ano no patamar de 5%”, avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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Em outubro, 47,6% dos consumidores projetaram inflação dentro dos limites de tolerância estabelecidos pelo Banco Central, de 3% a 6% no ano. A inflação mediana esperada pelos consumidores recuou nas quatro faixas de renda. A queda do indicador foi influenciada, principalmente, pela redução das expectativas dos consumidores na faixa de renda mais alta, acima de R$ 9.600,00, que já preveem a inflação nos próximos doze meses abaixo da meta de 4,5%.

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O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.