A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,4% em junho, mesmo resultado registrado em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou nesta segunda-feira, 24, o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Na comparação com junho de 2018, houve crescimento de 0,2 ponto porcentual.

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“Nos últimos meses, as expectativas dos consumidores sobre inflação vinham sendo influenciadas por uma percepção conjuntural de aceleração de preços dos alimentos, além do aumento da incerteza econômica. Com a perspectiva que nos próximos meses estes preços recuem, juntamente com efeitos positivos nos preços de combustíveis e da mudança da bandeira na energia elétrica, é possível que a expectativa de inflação volte a cair, condicionada à evolução da incerteza”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Na distribuição por faixas de inflação, 33,4% dos consumidores projetaram uma taxa abaixo da meta de inflação de 4,25% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano. No mês anterior, esse porcentual era de 31,6% dos consumidores.

A proporção de consumidores indicando inflação acima de 12% subiu 0,5 ponto porcentual, para 6,9% em junho.

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Houve ligeiro aumento da expectativa de inflação entre os consumidores de renda mais baixa em junho. O grupo com renda familiar mensal até R$ 2.100,00 teve elevação de 0,1 ponto porcentual na expectativa de inflação, para 6,2%, o maior valor desde agosto do ano passado. Já as famílias com renda mensal superior a R$ 9.600,00 mantiveram a expectativa de inflação estável em 4,7%.

O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.

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