A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,3% em abril, ante 5,1% em março, informou nesta quarta-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Na comparação com abril de 2018, houve crescimento de 0,3 ponto porcentual.
“Apesar da desaceleração dos preços de alimentos em abril, compensando o choque recente, há uma pressão de preços de energia elétrica e medicamentos que influenciam não apenas a percepção atual do consumidor, mas alteram ligeiramente suas perspectivas para os próximos meses. A expectativa dos especialistas, contudo, segue em direção contrária, considerando o nível de ociosidade da economia”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Na distribuição por faixas de inflação, 57,7% dos consumidores projetaram uma taxa dentro dos limites de tolerância da meta de inflação de 4,25% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, ou seja, entre 2,75% e 5,75%. No mês anterior, esse porcentual era de 58,3% dos consumidores.
A proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior de 2,75% caiu 0,8 ponto porcentual, para 4,0% em abril.
Houve aumento da expectativa de inflação entre os consumidores de todas as faixas de renda no mês de abril. As famílias com renda mensal superior a R$ 9.600,00 tiveram a maior alta em pontos porcentuais após três meses de estabilidade, um avanço de 0,4 ponto porcentual em relação a março.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.