Consumidora protocola reclamação no Procon

A situação de atrasos e cancelamentos de vôos parece estar normal esta semana no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. No entanto, algumas pessoas ?traumatizadas? com os problemas da semana anterior, ainda reclamam e cobram atitude dos órgãos competentes. É o caso da advogada curitibana Patrícia Nymberg, que esperou mais de seis horas pelo vôo e diz que também foi mal-atendida. Após encaminhar uma queixa à empresa aérea pela qual viajou, ela protocolou reclamação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) protocolo 400SACCT/06 – e, ontem, no Procon. Patrícia diz que a empresa tem grande culpa pelo caos da situação.

A advogada aguarda resposta da Anac para decidir se ajuíza ou não uma ação contra a má prestação de serviço, nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor. ?Não é apenas uma situação de crise aérea, provocada pelo problema de controle de vôo. Algumas empresas estão seriamente contribuindo para isso. Falo da TAM porque foi a experiência que tive?, afirma a advogada.

Como conta Patrícia, no último dia 7, ela teria que embarcar, no vôo JJ 3887 para Foz do Iguaçu às 13h, para chegar ao destino às 14h. No entanto, a espera foi de mais de seis horas. Durante esse tempo, o que mais incomodou a advogada foi a falta de informação. ?Presumindo que se tratava dos problemas causados pelo caos que vive o tráfego aéreo, fui até a sala VIP da TAM, mas a cada 30 minutos busquei informação sobre o vôo. Eles sempre diziam que o vôo não tinha previsão de decolagem em Brasília, por causa da torre de comando do aeroporto?, relata.

Cansada de esperar, ela diz que procurou os órgãos competentes e teve outra surpresa. ?Fui até a Infraero e a Anac e na sala já havia dois outros passageiros do vôo, registrando a ocorrência de que um funcionário da TAM informou que o problema não foi causado pelo tráfego aéreo, mas pela falta de tripulação para operar o vôo?, conta. Patrícia ainda comenta que a informação foi confirmada no balcão da empresa por uma supervisora.

No vôo de volta, JJ 3886, no último dia 9, a curitibana teve mais problemas. ?O vôo deveria partir às 16h de Foz do Iguaçu. A aeronave estava em solo, todos os passageiros estavam na sala de embarque, mas a tripulação estava atrasada. Não bastasse, as comissárias estavam em profundo estado de mal-humor, não serviram lanche, apenas bebidas, com a justificativa de o vôo ser curto. A situação era de extremo estarrecimento?, conta.

Sobre a reclamação, em nota, a TAM afirma que ?segundo os registros da companhia, o atraso dos vôos JJ 3887, no dia 7/12/2006, e JJ 3886, em 9/12/2006, foi causado em razão dos procedimentos de seqüenciamento de vôos adotados pelo Controle de Tráfego Aéreo?. Para concluir, a TAM reitera que, em razão do ?apagão aéreo?, ?reforçou as equipes nos aeroportos a fim de prestar atendimento e assistência aos passageiros. Da mesma forma, vem cumprindo determinações legais no sentido de providenciar alimentação, hospedagem e transporte aos passageiros de vôos que eventualmente sofram atrasos superiores a quatro horas?.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo