A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 9,8% em setembro, informou nesta segunda-feira, 26, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores. O resultado é o mesmo que o informado em agosto, na primeira vez que o indicador fica dois meses consecutivos abaixo da marca dos 10% desde julho de 2015.

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“Tanto as expectativas dos especialistas quanto dos consumidores iniciaram movimento de queda em março desse ano. Mas a desaceleração medida em pontos nesse período mostra um impacto relativo mais intenso entre especialistas que entre consumidores. A estabilidade desse mês confirma uma aparente resistência dos consumidores que pode estar atrelada a uma persistência da alta dos preços dos alimentos até o mês passado, embora existam sinais de acomodação ao longo de setembro”, avaliou a economista Viviane Seda Bittencourt, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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A proporção dos consumidores entrevistados que esperam inflação superior a 10% nos próximos 12 meses caiu de 34,7% em agosto para 34,3% em setembro. Houve aumento da proporção de consumidores prevendo inflação entre a meta estipulada pelo governo (de 4,5%) e o limite superior de tolerância (de 6,5%), de 5,3% em agosto para 6,7% em setembro e elevação da proporção dos que preveem inflação entre 6,5% e 9,0%, de 35,1% para 36,2% no período.

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O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente.

A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% destes entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.