Antes de fechar um financiamento a longo prazo, o consumidor deve ficar atento à chamada “venda casada”. A manobra é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, mas, a prática de agregar um segundo produto ou serviço à uma venda continua sendo realizada por pequenas, médias e até grandes empresas.

continua após a publicidade

Um dos casos foi constatado pelo atendente de telemarketing, João Sczuvetz da Silveira, que alega ter uma solicitação de financiamento indeferido pela Caixa Econômica Federal, porque ele teria se recusado a pagar R$ 600 referente a título de capitalização e seguro residencial.

Silveira tentava adquirir um apartamento no valor de R$ 60 mil. O financiamento seria intermediado pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab). No entanto, Silveira, que seria beneficiado pelo Projeto Minha Casa Minha Vida, teve seu financiamento cancelado, com a justificativa de que ele já teria feito financiamento subsidiado anteriormente.

Resposta

continua após a publicidade

“O contrato já tinha sido aprovado. Só depois que eu me recusei a pagar o que eles (Caixa) estavam pedindo é que o financiamento foi cancelado”, afirma. Em nota, o banco afirmou que não impõe a venda de produtos. A Caixa informou que Silveira não se enquadrava legalmente no Programa Minha Casa Minha Vida e ofereceu outra linha de crédito habitacional, que não interessou o teleatendente. A Cohab confirmou que Silveira já havia sido beneficiado em um financiamento anterior com complemento do FGTS, no valor de R$ 4.557,75 e, por isso, não poderia concluir um novo financiamento, apesar de já possuir um imóvel no seu nome.