Consultoria prevê que IBC-Br de maio manterá aceleração

O bom desempenho da indústria em abril foi o principal elemento que colaborou para a expansão de 0,84% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), ponderou Thaís Zara, economista-chefe da Rosenberg e Associados. O número superou a mediana de 0,70% de elevação apurada pelo AE-Projeções e ficou acima da projeção de 0,20% daquela consultoria.

Ela pondera que o indicador positivo registrado no quarto mês do ano reforça a avaliação de que o PIB deve apresentar uma aceleração no segundo trimestre, pois projeta uma alta de 0,80%, na margem. O Produto Interno Bruto exibiu uma leve perda de ritmo no primeiro trimestre, pois avançou 0,55%, segundo o IBGE, depois de ter subido 0,64% entre outubro e dezembro.

Para Thaís, a melhora do desempenho da produção industrial no segundo trimestre deve continuar puxando o PIB. E isto ocorre especialmente em função do incremento da atividade de alguns segmentos, como alimentos, automóveis e bens de capital, com destaque para a fabricação de caminhões.

De acordo com a economista-chefe da Rosenberg, o IBC-Br de abril apresentou bom desempenho também em outras duas formas de medição: a média móvel trimestral avançou de 1,22%, apurada de janeiro a março ante outubro a dezembro, para 1,38%, no período que vai de abril a fevereiro em relação a novembro a janeiro deste ano. Além disso, no acumulado em 12 meses, o indicador subiu de 0,91% em março para 1,57% em abril.

Na avaliação de Thaís Zara, é esperada uma piora pontual da produção industrial de maio e também das vendas de varejo, o que deve levar o IBC-Br para uma marca levemente negativa em relação a abril. “Mesmo assim, não será um resultado ruim, pois o índice continuará acelerando em maio no acumulado em 12 meses”, ponderou.

Segundo ela, o desempenho do PIB no segundo semestre deve manter um ritmo de alta semelhante ao que será registrado de abril a junho, ante o trimestre anterior. Na sua avaliação, há um conjunto de elementos que devem colaborar para essa manutenção do ritmo de atividade, especialmente os estímulos fiscais adotados pelo governo para incentivar o consumo, entre eles a desoneração de tributos para o setor privado. Essa redução de impostos federais para as empresas atingiu R$ 44 bilhões no ano passado e deve subir para R$ 70 bilhões em 2013.

Caso suas previsões sobre a velocidade do ritmo de atividade para o decorrer do ano se confirmem, o PIB do País deve crescer 2,5% neste ano. Thaís Zara estima que o IPCA avançará 5,8% em 2013. Na sua avaliação, o Banco Central deve adotar mais dois aumentos de juros de 0,50 ponto porcentual em 10 de julho e 28 de agosto, o que levará a Selic para 9% ao ano.

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