Comércio

Consultas ao SCPC recuam 21,9% em Curitiba

O volume de consultas ao sistema de proteção ao crédito (SCPC), indicativo das vendas a prazo e à vista, apresentou um recuo de 21,9% em janeiro último ante dezembro de 2010 em Curitiba e região metropolitana. Foram realizadas 275.829 consultas em janeiro ante 353.439 em dezembro, segundo números divulgados pela Associação Comercial do Paraná (ACP).

Parte da explicação para esta queda é que tradicionalmente entre janeiro e dezembro há um recuo no número de consultas aos sistemas de proteção ao crédito em virtude da base alta de comparação com dezembro, quando o comércio tem a melhor data promocional para vendas, o Natal.

Outra observação é que janeiro se caracteriza como mês em que o consumo volta aos patamares normais ou o movimento comercial se transfere para os locais de destino de férias. “Soma-se a isso o fato de que as famílias começam a formar reservas para o início de quitação dos débitos clássicos relacionados aos bens patrimoniais, como o Imposto Predial Territorial e Urbano (IPTU) e Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), além de as despesas escolares”, lembra o vice-presidente da ACP Jean Michel Galiano.

Assim, todo janeiro, em relação a dezembro, apresenta um menor número de consultas aos sistemas de proteção ao crédito. “Este movimento e a diferença entre dois meses, portanto, são característicos, históricos”, afirma Galiano.

Vale ressaltar ainda que os reflexos das medidas do governo para frear o consumo, tomadas em dezembro, também estão retratadas neste recuo das consultas de janeiro. No final do ano passado, o Banco Central (BC) aumentou o custo de financiamentos de longo prazo e retirou dinheiro de circulação para “esfriar a economia”, aumentando o valor do volume que os bancos devem deixar depositados no BC como garantia. 

Na prática, empréstimos por mais de dois anos e compras de longo prazo, como carros, televisão, geladeira e fogão ficaram mais caros. Entre as restrições, as mais fortes foram adotadas para a compra de veículos sem entrada com prazo acima de 24 meses. O mercado passou a exigir ao menos 20% de entrada. Nos financiamentos superiores a 60 meses os juros aplicados nas parcelas são maiores.

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