Construtoras vão atrás da riqueza nas cidades do interior

A crescente oferta de crédito era o ingrediente que faltava para começar a se desenhar um novo mapa do setor imobiliário. Antes focadas nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, construtoras e incorporadoras aliaram o impulso do crédito ao apetite pela expansão e agora migram para cidades de porte médio, onde sobram terrenos. A interiorização da riqueza produzida no País – que cada vez mais espalha-se para além do eixo Rio-SP – também contribuiu para o movimento, trazendo mais compradores para os novos imóveis.

A investida da Tecnisa no interior paulista é um bom retrato desse interesse. Depois de levantar R$ 791 milhões com a abertura de capital, em fevereiro, a empresa paulista partiu para um movimento de expansão que passa por São José dos Campos, Itu, Suzano, Sorocaba e Mogi Mirim. Antes, ela atuava só na região metropolitana de São Paulo.

A construtora Rossi está há mais de dez anos no interior paulista. Em 2006, porém, bateu o recorde de lançamentos na região, com 24 empreendimentos em Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, Sumaré, São Carlos e Valinhos. Segundo o diretor de Negócios, Renato Diniz, os negócios no interior e litoral paulista correspondem a 30% do total, enquanto os da capital representam 20%. Há cinco anos, essa fatia era de 50% na capital ante 17% no interior. A opção pelo interior, segundo ele, é óbvia. "São Paulo concentra um terço da renda nacional, mas a maior parte dela não está na capital, e sim, no interior.

Outra construtora que ultrapassou os limites da maior cidade do País nos últimos anos foi a Cyrela. Desde a abertura de capital, em março de 2006, foram 15 lançamentos fora do eixo Rio-SP. Seis deles no interior do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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