O novo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), engenheiro Hamilton Pinheiro Franck, considera que vai encontrar vários desafios pela frente, mas entende como principal a formação de mão-de-obra para atender às necessidades das empresas. Segundo ele, o preparo desta mão-de-obra é uma exigência do mercado competitivo com novas tecnologias e materiais. ?Hoje não temos falta de trabalhadores, o que precisamos é qualificação. Já fizemos um convênio com o Senai para inclusive requalificar quem já está no mercado?, afirma.
Franck, que tomou posse em solenidade realizada na última segunda-feira à noite, em Curitiba, está otimista para dar continuidade aos trabalhos realizados pela entidade, pois, segundo ele, o setor vem mostrando números positivos nos últimos anos no Estado.
De acordo com o Sinduscon-PR, foram criados mais de dez mil novos empregos até outubro deste ano. Destes, cerca de 5 mil estão, Curitiba. Ao todo, o setor emprega, no Estado, 162 mil trabalhadores, sendo que 86 mil são formais (têm registro em carteira), 55% deles. ?Há quatro anos, eram 42% na formalidade. O que ainda traz dificuldades ao setor é a altíssima carga tributária que incide nas folhas de pagamento?, lembrou Franck.
Para as empresas, o mercado também está promissor, segundo o novo presidente do Sinduscon-PR. ?Retomamos o setor do ano passado para cá. Fala-se num ?boom? da construção civil, mas não é bem assim. Se observarmos países que tiveram as mesmas dificuldades que o Brasil tem, como Espanha, México, Chile e Portugal, vamos verificar que eles voltaram a crescer principalmente devido à construção civil?, comentou. Outra grande vantagem no setor, segundo Franck, são os juros dos financiamentos, que, segundo ele, estão cada vez mais positivos. ?Hoje, você compra o imóvel com financiamentos de dez, 15 e até 30 anos. E tudo com prestações pré-fixadas, sem alteração?, diz.
Com relação aos financiamentos, a expectativa é bastante positiva. A estimativa do setor é fechar esse ano com R$ 21 bilhões em negócios contratados por meio de recursos da poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O Paraná, historicamente, fica com 5% a 5,5% do total. Isso significa que o resultado deste ano deverá ser 31% maior em comparação com 2006. De 2004 para 2007, o salto foi de 220%.