Construção de terminais seguirá morosa, avalia Sepetiba

A lei dos portos não deve gerar impactos aos usuários no curto prazo, avaliou o diretor comercial do Sepetiba Tecon, Marcelo Procopio. Segundo ele, a construção de novos terminais seguirá morosa. “Não se constrói um porto em menos de 10 anos no País”, disse, lembrando que o Porto de Itapoá, planejado em 1991, só iniciou operação em 2011, Portonave levou 15 anos para ficar pronto e o Porto do Açú também vem sofrendo adiamento de seu cronograma. “Só para obter a licença ambiental são três anos”, salientou.

Ele considera que a lei dos portos ainda não está completamente definida e aguarda potenciais alterações no Congresso Nacional, após a presidente Dilma Rousseff ter sancionado a lei com diversos vetos. “Dependendo da decisão do Congresso, ainda poderemos ver um aumento de custos”, comentou, sem entrar em detalhes, referindo-se a potenciais mudanças na lei no que diz respeito à questões trabalhistas.

Apesar do risco potencial, Procopio elogiou a nova lei e o estímulo à concorrência que ela gera, e salientou que a competição futura se dará não apenas pela infraestrutura e capacidade dos portos em si, como também da infraestrutura e serviços de apoio, como retroáreas, despachantes aduaneiros e agências bancárias.

Questionado sobre como o Sepetiba Tecon, terminal de contêineres do Grupo CSN no porto de Itaguaí (RJ), se prepara para o novo momento, Procopio salientou que o terminal está investindo R$ 200 milhões na expansão de suas operações, que passará de uma capacidade atual de 500 mil a 600 mil TEUs, a 900 mil a 1 milhão de TEUs. O projeto, que foi iniciado em meados de 2012, deve receber os primeiros equipamentos em fevereiro de 2014.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna