O número de casas que começaram sua construção em setembro subiu 15% em relação a agosto, chegando ao maior nível desde julho de 2008, antes do início da crise financeira provocada pela explosão da bolha imobiliária.
Segundo o Departamento de Comércio, o número de casas construídas cresceu em 12% em relação ao mesmo período do ano passado, também o melhor índice desde julho de 2008. As permissões de construção também registraram alta, de 11,6% no mês passado.
A força do índice em setembro veio das construções unifamiliares, que cresceram 11%, e de apartamentos, com um salto de 25,1% em relação a agosto.
A atividade do setor está 82,5% maior que no pior período da recessão americana, em abril de 2009, apesar de não ter chegado aos chamados níveis saudáveis para a economia.
Em números absolutos, houve 872 mil obras de casas em setembro, superando amplamente a expectativa dos analistas, que esperavam que o indicador se mantivesse em 768 mil novas casas.
O número de permissões de construção também foi maior que o esperado, chegando a 894 mil autorizações, contra 815 mil estimadas pelos economistas.
Eleição
O mercado imobiliário foi um dos maiores causadores da crise financeira nos Estados Unidos, que causou um período de forte desaceleração econômica desde 2007.
Os números mais altos saem em meio à disputa eleitoral entre o presidente Barack Obama e o candidato republicano Mitt Romney e podem dar um impulso à campanha de reeleição do democrata, a três semanas da eleição.
As dificuldades econômicas do país são o principal argumento dos republicanos contra Obama. Os rivais consideram que a crise econômica não foi solucionada por incompetência do presidente democrata.