A partir de amanhã, 3.000 dos 7.820 canteiros de obras da cidade de São Paulo podem parar, com a greve que os trabalhadores da construção civil prometem deflagrar a partir das 5h.
?Desde outubro do ano passado estamos tentando discutir as reivindicações da categoria, mas não conseguimos avançar nas negociações. Em janeiro, retomamos a campanha, mas até agora nada. Diante desse impasse, decidimos parar por tempo indeterminado?, afirma Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo.
Os trabalhadores pedem 18% de reajuste – sendo 6% de reposição salarial e 12% de aumento real. O sindicato representa 220 mil trabalhadores do setor, sendo 180 mil na capital. ?Não recebemos contraproposta salarial. Os sete sindicatos patronais que negociam em nome dos empresários ofereceram apenas aumento na cesta básica, que passaria dos atuais 25 kg para 35 kg?, diz o presidente do sindicato.
Segundo Ramalho, o salário médio de um trabalhador é de R$ 750, e o de um ajudante, de R$ 545. Os trabalhadores também querem renovar cláusulas sociais que constam no acordo do ano passado.
