A construção civil deverá gerar um saldo de 180 mil empregos formais no País em 2010, de acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada hoje. O número é pouco maior que os 177.185 novos empregos criados em 2009. Os empregos formais correspondem a apenas 28% da força de trabalho do setor, segundo o estudo da entidade a partir dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
O Dieese avalia que as perspectivas de investimentos no setor, em programas como o “Minha Casa, Minha Vida” e as obras necessárias para a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, devem fazer com que o emprego na construção civil siga em alta. Na avaliação da entidade, os setores que receberão os maiores investimentos ao longo deste ano serão o imobiliário residencial e o energético. Dados do Sinduscon-SP, o sindicato da construção paulista, citados no levantamento, apontam que a taxa de investimento deve chegar a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010.
“A meta é que os investimentos cresçam de R$ 476 bilhões para R$ 625 bilhões. No setor imobiliário, os investimentos deverão passar de R$ 170 bilhões (2009) para 202 bilhões. A Copa deverá injetar pelo menos R$ 155,7 bilhões na economia brasileira, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas”, informa o estudo do Dieese. A Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) estima que o setor da Construção será responsável pela criação de 3,5 milhões de empregos em função da Copa 2014.