O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos opinou favoravelmente e submeteu à aprovação do presidente da República a qualificação da política de fomento ao setor de educação infantil, para fins de estudos de alternativas de parcerias com a iniciativa privada para construção modernização e operação de creches da rede pública de ensino infantil, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimento (PPI). A recomendação consta de Resolução, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 5.

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Em outra resolução, o Conselho do PPI também recomenda a qualificação da política de fomento ao setor de atendimento socioeducativo, para fins de estudos de alternativas de parcerias com a iniciativa privada para construção, modernização e operação de unidades socioeducativas, no âmbito do PPI.

O governo já tinha manifestado a intenção de conceder à iniciativa privada obras de creches não finalizadas. Em entrevista ao Broadcast no dia 23 de agosto, a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, explicou que, na falta de recursos públicos para finalizar esses empreendimentos, a ideia seria atrair um parceiro para acabar as obras, tocar a operação das creches e ofertar as vagas. Caberia ao governo comprar parte dessas vagas, como compensação aos investimentos feitos, e redistribuí-las à sociedade. Os estudos seriam para conceder à iniciativa privada um portfólio de mais de mil creches. A ideia seria atrair um parceiro para finalizar obras e tocar operações.

Na resolução do conselho sobre as creches, a justificativa para a recomendação é “aprimorar o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Pública de Educação Infantil – Proinfância, com vistas ao atingimento de meta do Plano Nacional de Educação; e a necessidade de aproveitar os investimentos realizados na execução de creches que ainda não foram finalizadas ou que, apesar de concluídas, ainda não estão em condições de operação”.

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Com relação especificamente ao atendimento socioeducativo, a resolução afirma que a decisão do conselho considerou a “necessidade de aprimorar o Programa de Atendimento Socioeducativo, que visa a ressocialização do adolescente a partir de medidas socioeducativas, com vistas a reduzir sua incidência no crime e, por conseguinte, o índice de criminalidade de adolescentes; e a necessidade de expandir a quantidade de vagas destinadas ao acautelamento de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação e internação provisória hoje no País”.

Segundo as resoluções, os estudos terão por finalidade inicial a estruturação de projetos pilotos, cuja seleção será definida em ato da Secretaria do PPI.

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