O conselheiro Paulo Furquim de Azevedo, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) confirmou hoje à Agência Estado que deixará o órgão no próximo dia 18, alegando motivos pessoais. Segundo ele, desde março passado, os integrantes do conselho e autoridades do governo foram informados por ele dessa decisão. “Mas por causa de casos complicados, que já estavam em meu gabinete e precisavam de solução, optei por permanecer mais alguns meses”, disse Furquim. Entre os “casos complicados” Furquim citou a fusão das editoras Fernando Chinaglia e Dinap e da Sadia-Perdigão. Esse último processo ainda não foi julgado, mas foi negociado acordo de congelamento da fusão com Furquim, que é o relator.
Ele negou que haja “problemas de relacionamento” com qualquer integrante atual do conselho e disse que sua decisão justifica-se apenas pela necessidade de reassumir a vaga de professor da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Furquim, que está no segundo mandato, que terminaria em janeiro de 2010, acrescentou que sua saída neste momento não deixará nenhum caso pendente em seu gabinete, facilitando assim o trabalho do substituto, que assumirá a relatoria de casos importantes, como a fusão Oi-Brasil Telecom e Itaú-Unibanco, além de Sadia-Perdigão, logo que a instrução dos processos chegar ao gabinete. Furquim é economista e professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo.