O CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) também se juntou ao grupo de empresários, sindicalistas e políticos de oposição que tenta evitar que a mudança na Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) resulte em aumento da carga tributária.
Há pouco mais de um mês o governo divulgou uma MP (medida provisória) com novas regras para acabar com a cumulatividade (cobrança em cascata) da Cofins. No entanto, para compensar sua cobrança apenas na fase final da produção o governo aumentou a alíquota de 3% para 7,6%.
A nova alíquota levou a reclamações de diversos setores da sociedade, que, amparados em estudos de tributaristas, afirmam que a medida vai elevar a arrecadação anual do governo em R$ 4 bilhões a R$ 14 bilhões, dependendo do estudo.
O setor que liderou as reclamações foi o de serviços, que, por não ter diversas fases de produção, teria um inegável aumento de carga tributária.
Agora, o próprio CDES, órgão criado pelo presidente Lula para assessorá-lo e que reúne empresários, sindicalistas e membros do governo, entre outros, resolveu encaminhar uma carta a Lula e aos ministros Antônio Palocci (Fazenda) e Guido Mantega (Planejamento) para fazer sugestões que ajudariam a evitar o aumento da carga tributária.
O secretário especial do Conselhão, ministro Tarso Genro, que divulgou a informação, disse que foi criado um grupo especial dentro do CDES para discutir o assunto. Ele não detalhou, no entanto, o conteúdo do documento elaborado pelo grupo.
