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O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse ontem a parlamentares da bancada ruralista que a decisão de destinar mais recursos para a safra 2004/2005 é do Congresso Nacional. Os ruralistas querem, além dos R$ 500 milhões já previstos para o setor no Orçamento, que as emendas parlamentares de mais de R$ 2 bilhões sejam mantidas.

"O Orçamento foi enviado pelo governo há três meses. O relator lá no Congresso tem a difícil tarefa de equilibrar as demandas com os recursos. Certamente as demandas são bem maiores do que os recursos que ele tem", disse o ministro.

Palocci também lembrou que o relator da proposta de Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), está revendo os indicadores, que mudaram depois que o Orçamento foi enviado ao Congresso Nacional.

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"Na verdade, você vai ter algum nível de recurso para atender uma demanda extensa. Assim como nós da Fazenda e Planejamento temos que fechar a conta. Vamos procurar ajudá-lo, mas a decisão do Orçamento neste momento é do Congresso Nacional", disse Palocci.

O ministro Palocci esteve reunido por mais de três horas com a bancada ruralista para, segundo ele, discutir com detalhes medidas que podem garantir a evolução do setor. Ao deixar o encontro, ele classificou como "muito boa a reunião". Para Palocci, "o setor do agronegócio é um setor excepcional e fundamental para o Brasil e durante a última década fez o principal trabalho, o restabelecimento de uma grande pauta para o país". O ministro da Fazenda lembrou que as contas externas têm hoje no setor uma contribuição fundamental.

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"É um setor complexo com muitas faces, diferentes, mas é do tamanho do Brasil e exige um acompanhamento detalhado do Ministério da Fazenda, que tem se dedicado integralmente à pauta que o ministro Roberto Rodrigues tem interagido conosco", destacou.