O ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, confirmou nesta terça-feira, 3, que acatou a proposta das centrais sindicais de envolver o Congresso nos debates relacionados as medidas provisórias 664 e 665 – que propõem alteração na concessão de direitos trabalhistas como seguro-desemprego e seguro-defeso. “Vamos estimular o parlamento para participar do debate com o governo e com as centrais”, afirmou, após reunião com líderes sindicalistas, na capital paulista.

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Rossetto explicou que a criação da comissão tripartite é um movimento político, mas disse não temer que haja a possibilidade da derrubada das medidas no Congresso. “Estamos seguros na qualidade das nossas medidas”, afirmou, repetindo que “elas não retiram direito dos trabalhadores e sim corrigem distorções”. “Estamos corrigindo distorções e atualizando normas do mercado de trabalho brasileiro”, afirmou.

Sem adiantar quais pontos poderiam ser alterados nas medidas, Rossetto insistiu que o governo está aberto ao diálogo e disse ainda que hoje foi estabelecido “um calendário de negociações” com as centrais.

Segundo Rossetto, após a criação das comissões especiais, com senadores e deputados, haverá a definição do presidente e relator para então se iniciar “o diálogo político”. Questionado se não temia uma ação política das centrais que possa aglutinar parlamentares contra as medidas, o ministro afirmou que as “centrais tem obviamente autonomia de movimentação”. “Mas nós estamos muito seguros que construímos um espaço positivo de negociação”, reforçou.

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Segundo o ministro, depois deste processo de negociação o governo pode “qualificar as medidas”. Ele reforçou, entretanto, que não acredita na derrubada das medidas nem no Congresso nem na Justiça. “Não acreditamos em nenhuma dessas hipóteses”, disse.

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Além de Rossetto, participam da reunião os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; da Previdência Social, Carlos Gabas; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.