Confiança na indústria cai por percepção sobre demanda

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou abaixo da média histórica recente em abril pela primeira vez desde agosto do ano passado. Os quesitos que derrubaram a confiança no setor foram a percepção dos empresários quanto ao nível de demanda e as expectativas de emprego.

O nível de demanda foi neste mês o quesito com maior influência no Índice da Situação Atual (ISA), um dos indicadores que compõem o ICI. Na passagem de março para abril, o nível de demanda caiu 1,3%, atingindo 100,3 pontos, o que praticamente iguala a frequência de resposta das opções extremas – aqueles que consideram a demanda forte ou fraca.

As empresas que consideram o nível de demanda forte representaram 13,5% do total, ante 10,9% em março. As que avaliam a demanda como fraca, contudo, também subiram: de 9,3% para 13,2%. Puxado pelo nível da demanda, o ISA caiu 0,7% na passagem de um mês para o outro.

O quesito que mede as expectativas de emprego também teve queda mensal significativa em abril, de 2,0%, e foi determinante para o recuo de 0,9% no Índice de Expectativas (IE). A parcela de empresas que espera aumentar o número de empregados nos três meses seguintes aos da pesquisa ficou praticamente estável (de 22,7% para 22,2%), enquanto a proporção das que preveem diminuição do contingente de funcionários subiu de 10,0% para 11,7%.

Esta é a segunda queda consecutiva no ICI. Em março, o indicador já havia ficado 1,5% abaixo do resultado de fevereiro. Em abril, a queda foi de 0,8%, chegando a 104,2 pontos.

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