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Confiança empresarial sobe 0,6 ponto em julho, apura FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 0,6 ponto em julho ante junho, alcançando 84,8 pontos, informou nesta terça-feira, 1º, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado recupera parte da perda de 2,0 pontos registrada no mês anterior.

“A perda de confiança decorrente da crise política deflagrada em 17 de maio foi relativamente pequena até agora. As expectativas empresariais tornaram-se menos otimistas, comprovando a sensibilidade aos níveis de incerteza econômica, mas os indicadores que retratam o grau de satisfação das empresas com a situação corrente dos negócios mantiveram a tendência de alta gradual, em linha com a lenta retomada da economia em 2017”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O ICE agrega os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

Em julho, a maior contribuição para o aumento da confiança do empresário foi do Índice de Situação Atual (ISA-E), com aumento de 0,7 ponto em relação a junho, para 80,3 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) ficou estável, permanecendo em 91,7 pontos.

A distância entre o nível dos indicadores que medem a percepção atual e a perspectiva futura dos empresários continua elevada, mas manteve a tendência de queda, alcançando 11,4 pontos, o menor nível desde outubro de 2016.

A maior diferença entre o ISA e o IE é observada na Construção (20,7 pontos), seguido por Comércio (9,2 pontos), Serviços (8,8 pontos), e Indústria (5,0 pontos).

Houve aumento da confiança empresarial em julho na Indústria, nos Serviços e na Construção, enquanto o Comércio teve queda de 2,3 pontos.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 5.027 empresas dos quatro setores, durante os dias 3 e 26 de julho.

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