O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 1,9 ponto em setembro ante agosto, para 89,5 pontos, o menor patamar desde setembro do ano passado, quando estava em 87,8 pontos, informou nesta segunda-feira, 1º de outubro, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,3 ponto, o sexto mês consecutivo de queda.
“Depois das perdas com a greve dos caminhoneiros e do esboço de recuperação em julho, o resultado desfavorável de setembro mostra que os fatores negativos, como a incerteza eleitoral, a piora do cenário externo e o ritmo lento da economia continuam pressionando a confiança empresarial para baixo”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em setembro, o Índice de Situação Atual caiu 0,8 ponto, para 88,4 pontos, devido a uma piora na percepção dos empresários sobre o momento presente da economia. Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 1,3 ponto, para 95,4 pontos, o terceiro mês consecutivo de quedas.
Entre os resultados setoriais, apenas o Índice de Confiança da Construção avançou em setembro ante agosto, ao subir 0,9 ponto. O Índice de Confiança da Indústria, que encolheu 3,6 pontos, teve a maior contribuição para a queda do índice global.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.907 empresas dos quatro setores entre os dias 3 e 24 de setembro.