O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,9 ponto em junho ante maio, alcançando 90,5 pontos, informou nesta segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na média do segundo trimestre de 2018, também houve queda de 1,9 ponto em relação ao trimestre anterior.

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“O recuo da confiança empresarial em junho aprofunda uma tendência esboçada nos dois meses anteriores. Parte do aumento do desânimo neste mês está relacionada aos desdobramentos econômicos e políticos da greve dos caminhoneiros do final de maio. Este efeito aparentemente temporário somou-se aos outros fatores que vinham provocando quedas da confiança: insatisfação com o ritmo lento de retomada da economia, falta de confiança na política econômica e aumento da incerteza política e eleitoral”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

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Em junho, o Índice da Situação Atual (ISA-E) caiu 1,1 ponto, para 88,6 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 0,9 ponto, para 97,5 pontos. Houve piora na confiança em todos os setores, com destaque para o Comércio (-3,0 pontos) e a Construção (-3,1 pontos).

No mês de junho, apenas 27% dos 49 segmentos que integram o ICE registraram melhora na confiança. Considerando-se as médias móveis trimestrais, a proporção de segmentos em alta também diminuiu em relação ao mês anterior, para 36% do total.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 5.549 empresas dos quatro setores entre os dias 4 e 26 de junho.