O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,6 ponto em maio ante abril, alcançando 92,8 pontos, informou nesta terça-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa o menor nível desde novembro de 2017, quando o índice estava em 92,1 pontos.

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“Depois de ficar estável no início do ano, a confiança empresarial recua pelo segundo mês seguido, sob influência da insatisfação com o ritmo lento da economia, as incertezas políticas e as piores perspectivas para o cenário externo. A coleta de informações para esta edição do índice encerrou-se em 23 de maio, não dando tempo para captar os efeitos da greve dos caminhoneiros. É possível que os desdobramentos econômicos e políticos desta crise levem a uma piora das expectativas em junho”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

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O subíndice da Situação Atual (ISA-E) permaneceu estável no mês, em 90,3 pontos, interrompendo a sequência de 16 altas consecutivas. Já o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 0,9 ponto, para 97,4 pontos, menor patamar desde dezembro passado. A distância entre os dois indicadores vem diminuindo gradualmente desde fevereiro, passando de 10,2 pontos para 7,1 pontos, uma aproximação decorrente da perda de fôlego do ISA-E e da queda do IE-E.

Em maio, a piora na confiança foi puxada pelos setores do Comércio (-4,1 pontos) e Serviços (-2,4 pontos). Os resultados da Indústria e da Construção ficaram relativamente estáveis em relação ao mês anterior. Houve aumento da confiança em 47% dos 49 segmentos que integram o ICE.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.903 empresas dos quatro setores entre os dias 2 e 23 de maio.