Os empresários industriais iniciaram o ano de 2014 menos otimistas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) marcou 53,1 pontos este mês, ante 54,3 pontos em dezembro. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“A confiança do empresário encontra-se baixa. Com a queda, o índice passou a registrar o menor valor desde julho de 2009 desconsiderados os meses de julho e agosto de 2013, período em que a confiança foi influenciada pelas manifestações populares”, cita documento da CNI sobre o tema. Nesse estudo, os valores variam de zero a cem. Quando o indicador está acima de 50 pontos, significa empresários confiantes. Abaixo de 50 pontos, fatores negativos.
Em dezembro, o Icei marcou 54,3 pontos. Em novembro, o indicador havia alcançado a marca de 54,5 pontos; ante 53,8 pontos em outubro. A média histórica do Icei é de 58,3 pontos, informa a CNI. Em janeiro do ano passado, havia sido apurado índice de 56,7 pontos.
De acordo com a CNI, a queda da confiança em janeiro reflete dois fatores: aumento no número de empresários que perceberam piora nas condições atuais dos negócios e menor otimismo em relação aos próximos seis meses. Essa visão menos promissora justamente no início de ano, lembra a confederação, não corresponde ao que tradicionalmente ocorre neste período, que é uma temporada de maior otimismo, lembra a CNI.
O Icei leva em conta a avaliação das condições atuais da economia brasileira e da empresa, considerando o horizonte dos últimos seis meses; além de expectativas para os próximos seis meses também em relação à economia brasileira e à empresa. Os índices de condições atuais e de expectativas futuras deste mês são os menores desde 2009, excetuando-se os meses de julho e agosto de 2013, lembra a CNI.
Sozinha, a indústria da construção registrou Icei de 55,1 pontos em janeiro, exatamente o mesmo valor de dezembro. A indústria extrativa apresentou 55,8 pontos este mês; ante 56,0 pontos no mês passado. A indústria de transformação registrou 52,2 pontos em janeiro, ante 53,4 pontos em dezembro.
Dos 28 setores da indústria de transformação considerados, em 19 deles o Icei registrou queda entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014. De forma segmentada, o maior otimismo está na área farmacêutica, que marcou 57,3 pontos em janeiro, ainda assim abaixo dos 58,0 pontos de dezembro. O segmento menos otimista é o de máquinas e materiais elétricos, com Icei de 45,5 pontos; portanto com maior pessimismo, considerando que foram 49,8 pontos em dezembro.
Por regiões, os mais otimistas em janeiro são os industriais do Nordeste (57,2 pontos). Em segundo lugar está o Norte (55,4 pontos) e, em seguida, o Centro-Oeste (53,6 pontos). A quarta colocação no ranking do otimismo industrial está no Sul (51,9 pontos) e, na quinta e última posição, o Sudeste (50,1 pontos).