O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,4% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira, 29. Com o resultado, o Icom atingiu 90,7 pontos no período, o menor nível da série histórica, iniciada em março de 2010.

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“O nível recorde negativo da confiança do Comércio em junho reforça a percepção de forte desaquecimento do nível de atividade econômica no segundo trimestre de 2015. Em relação aos meses seguintes, a piora das expectativas sustenta um cenário ainda fraco para o setor no terceiro trimestre”, avalia o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo, em nota.

Em junho, o resultado foi determinado pela piora na percepção em relação ao momento, embora a perspectiva em relação ao futuro também tenha se deteriorado. O Índice da Situação Atual (ISA-COM) caiu 2,4% neste mês, para 60,2 pontos, por mais um mês o menor nível da série. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 1,0% em junho, para 121,1 pontos. As expectativas foram influenciadas pelo menor otimismo dos empresários em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes (-1,5%).

No mês passado, o Icom já havia cedido 0,3%. Com o resultado anunciado hoje, o índice permaneceu na zona considerada “desfavorável” à atividade, abaixo dos 100 pontos. A média histórica do indicador é de 122,2 pontos.

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Desde a edição de novembro de 2014, a Sondagem do Comércio passou a trazer oficialmente dados com ajuste sazonal. Até então, o Icom era divulgado apenas com variações interanuais trimestrais. Como a série ainda é recente (iniciada em março de 2010), a FGV adiantou que vai revisar os resultados mês a mês, até que estejam mais consolidados. A coleta de dados para a edição de junho da sondagem foi feita entre os dias 01 e 24 deste mês e obteve informações de 1.211 empresas.