O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) alcançou 63,2 pontos este mês, o que representa um aumento de 9,5 pontos em relação a outubro. O estudo é elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, o resultado de novembro é o maior dos últimos oito anos – desde setembro de 2010, quando ficou em 63,3 pontos.

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O Icei de novembro também está acima da média histórica, que é de 54,2 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quanto mais acima dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança dos empresários. “O aumento da confiança é generalizado. Empresários da maioria dos setores pesquisados passaram a registrar Icei acima dos 60 pontos, com vários setores registrando variações superiores a 10 pontos”, cita o documento.

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Para o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a melhora na confiança está relacionada à expectativa de mudança devido ao processo eleitoral.

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“Conhecidos os resultados das eleições, há expectativas muito positivas em relação às mudanças que virão e às reformas que podem estimular o crescimento econômico e melhorar o ambiente de negócios”, disse Castelo Branco em nota. “Empresários mais confiantes têm mais disposição para investir, tomar riscos, contratar trabalhadores e comprar mais matérias-primas. Isso torna o ambiente mais propício ao crescimento”, acrescentou.

O otimismo do empresariado resulta, segundo o levantamento, da melhora das expectativas para o curto prazo e da avaliação mais positiva das condições do próprio negócio. O Índice de Condições Atuais aumentou 6,9 pontos na passagem de outubro para novembro, saindo de 45,8 pontos para 52,7 pontos, ultrapassando a linha divisória de 50 pontos. “Ou seja, o empresário percebia piora das condições correntes de negócios em outubro e passou a perceber melhora.”

Já o Índice de Expectativas cresceu 10,7 pontos entre outubro e novembro, ficando em 68,5 pontos, o maior valor desde junho de 2010 e 9,6 pontos acima do registrado em novembro do ano passado. “Assim, o empresário encontra-se bastante otimista com relação aos próximos seis meses”, diz a pesquisa.

Esta edição do estudo foi realizada entre 1º e 14 de novembro com 2.692 empresas, das quais 1.068 de pequeno porte, 1.015 médias e 609 de grande porte.