A confiança do empresário industrial caiu em março, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta segunda-feira. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu um ponto neste mês na comparação com fevereiro, atingindo a marca de 57,1 pontos. Comparado a março do ano passado, a queda foi de 1,5 ponto. O Icei varia de 0 a 100 pontos. Os valores acima de 50 indicam que os empresários seguem confiantes.
O setor que apresentou maior queda de confiança foi a indústria extrativa, mas o relatório da CNI aponta que “a queda da confiança foi disseminada”, porque o índice recuou em todas as regiões, em todos os portes de empresas e nos três segmentos da indústria. Para a CNI, o fato de a oscilação do índice ter ficado ao redor de 57,3 pontos por sete meses seguidos é um indicativo de que “não deverá haver mudanças significativas no ritmo da atividade industrial nos próximos meses”.
Com a queda de confiança de 3,9 pontos, o índice da indústria extrativa passou de 58,7 pontos em fevereiro para 54,8 em março. No mesmo período, a indústria de transformação apresentou queda de um ponto e a indústria da construção, de 0,8 ponto.
A região do País com o menor índice de confiança foi o Sudeste, com 54,3 pontos, seguido do Sul (56,7). Os mais otimistas neste mês foram os empresários da Região Norte, onde o índice foi de 60,4 pontos. A pesquisa da CNI foi feita dos dias 1º a 13 deste mês, com a participação de 2.257 empresas (814 pequenas, 889 médias e 554 de grande porte).
A percepção do empresário sobre as condições atuais, que ficou em 48,5 pontos em março, caiu 1,2 ponto em relação a fevereiro. Em relação à economia brasileira, a queda foi de um ponto, passando de 46,2 para 45,2 pontos. Sobre a confiança na própria empresa, a queda foi maior, de 1,4 ponto: passando de 51,6 para 50,2 pontos.
As expectativas dos industriais para os próximos seis meses tiveram uma queda menor no mesmo período, de 0,9 ponto, atingindo 61,4 pontos em março.