O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 3,2% em fevereiro ante janeiro, alcançando 124,9 pontos, informou nesta quarta-feira, 27, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em relação a fevereiro de 2018, a alta foi de 10,3%.

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A alta de fevereiro foi acompanhada de uma melhora na percepção sobre as condições presentes dos negócios. O subíndice de condições atuais do empresário do comércio (Icaec) teve alta mensal de 7,0% e de 12,2% na variação anual, marcando 101,5 pontos em fevereiro. Segundo a CNC, foi o primeiro avanço acima dos 100 pontos desde fevereiro de 2015, quando cravou 100,6 pontos.

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Leituras acima de 100 pontos são consideradas dentro da “zona de satisfação” na pesquisa da CNC. “Isso indica que a avaliação das condições correntes do setor, da economia e da empresa voltou a se tornar predominantemente positiva, fato inédito nos últimos quatro anos”, diz a nota divulgada pela CNC.

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Dentro do subíndice relativo às condições atuais do comerciante, 53,5% dos entrevistados disseram que a economia melhorou nos últimos meses, patamar não observado desde fevereiro de 2013 (51,0%). Já as percepções positivas quanto ao desempenho atual do comércio (54,4%) e das empresas (62,5%) registraram os maiores porcentuais desde janeiro de 2013 (56,2%) e junho de 2013 (63,1%), respectivamente.

Por sua vez, o subíndice que mede as expectativas do empresário do comércio (IEEC) “segue sustentando a confiança do varejo”, diz a nota da CNC, pois registrou altas de 1,9% ante janeiro e de 9,7% sobre fevereiro de 2018.

“Especificamente em fevereiro, o maior avanço do otimismo se deu a partir das expectativas em relação à evolução da economia (+2,5%). Dos cerca de 6 mil empresários pesquisados, 95,3% apostam em melhora das condições econômicas nos próximos meses”, diz a nota da CNC.

Já a alta de 1,9% no subíndice que mede as intenções de investimento (IIEC) em fevereiro, na comparação com janeiro, foi impulsionada pelo aumento das intenções de contratação no comércio (+2,5%). No segundo mês do ano, 72,8% dos entrevistados declararam estar propensos a contratar mais funcionários nos próximos meses.

“Esse é o maior porcentual de intenções de contratação para meses de fevereiro da série histórica da pesquisa iniciada em 2011”, diz a nota da CNC.

Diante disso, a entidade projeta que o comércio varejista fechará 2019 com um saldo positivo de 102,0 mil vagas de emprego criadas.

“Na avaliação da confederação, apesar da ainda lenta recuperação das condições de consumo, o varejo brasileiro terá condições de crescer mais em 2019 (+5,6%) do que nos dois anos pós-recessão (+4,0% em 2017 e +5,0% em 2018)”, diz a nota da CNC.