O índice de confiança do consumidor da zona do euro – que reúne os 16 países que utilizam o euro como moeda – subiu para -9,4 em novembro, de -10,9 em outubro, segundo dados divulgados hoje pela Comissão Europeia. O resultado ficou acima da estimativa dos economistas, que esperavam avanço para -10,0.
O índice mais geral de sentimento econômico (ESI, na sigla em inglês) da zona do euro também teve resultado forte. O ESI subiu para 105,3 em novembro, de 103,8 em outubro, o sexto mês seguido de alta. O aumento foi maior que o esperado pelos economistas, que previam índice de 104,9 em novembro.
A maior melhora foi verificada na confiança do setor de serviços, cujo índice subiu para 10,2 em novembro, de 8,1 em outubro. O índice de confiança da indústria avançou de zero para 0,9, mas ficou abaixo da estimativa dos economistas, de alta para 2,0. Entre os membros da zona do euro, a confiança foi maior na Alemanha, onde o ESI subiu de 113,5 em outubro para 116,3 em novembro. A comissão informou ainda que em Portugal e na Grécia a confiança se enfraqueceu. A Comissão Europeia não publica dados de confiança para a Irlanda.
Uma medida separada de ambiente para manufatureiras na zona do euro, chamada índice de clima para negócios, subiu de 0,91 em outubro para 0,96 em novembro, o nível mais alto desde dezembro de 2007.
Indicadores antecedentes
O índice de indicadores econômicos antecedentes (LEI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,4% em outubro, para 114,0 pontos, a quinta alta consecutiva, segundo o Conference Board. O índice considera 2004 como ano base, equivalente a 100 pontos. “Apesar de uma nova desaceleração em outubro, o LEI da área do euro aponta para uma recuperação contínua na atividade econômica no começo de 2011”, disse Jean-Claude Manini, economista sênior do Conference Board para a Europa. “Os receios sobre o impacto da crise financeira no modesto potencial de crescimento da Europa não devem ser exagerados”, acrescentou.
Os indicadores antecedentes podem mostrar pontos de virada em ciclos econômicos. O Conference Board, uma entidade sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos, começou a publicar a informação sobre a economia da zona do euro em dezembro de 2008. As informações são da Dow Jones.