O bom humor do consumidor parece ter retornado em junho. É o que revelou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desse mês, que subiu 4,1% ante maio, na série com ajuste sazonal, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa taxa é maior do que a apurada no mês passado: a fundação revisou ainda a taxa do ICC de maio ante abril, de 1,3% para 2,2%. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos (sendo que, quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), passou de 102,2 pontos em maio para 106,4 pontos em junho. Esse é o maior nível do índice desde setembro de 2008, auge da crise econômica global.

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Em nota, a fundação informou que “em junho de 2009, tanto as avaliações sobre a situação presente quanto as expectativas para os próximos meses superaram as realizadas no mês anterior” O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que apresentou alta de 5,3% em junho, após avançar 2,7% em maio; e o Índice de Expectativas (IE), que apurou aumento de 4,4% esse mês, em comparação com a alta de 2,3% em maio. Os dados de maio desses dois índices também foram atualizados pela fundação, e apresentavam, respectivamente, taxas positivas de 1,1% e de 1,6% no mês passado.

Ainda segundo a fundação, o ICC caiu 0,7% em junho na comparação com igual mês do ano passado. Em maio, o ICC apresentou queda de 10,9% nesse mesmo tipo de comparação. O índice é composto por cinco quesitos da “Sondagem das Expectativas do Consumidor”, apurada desde outubro de 2002 (com periodicidade trimestral, até julho de 2004, quando passou a ser mensal). O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 29 de maio e 19 de junho.

Expectativas

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A melhora das expectativas quanto aos rumos futuros da economia nos próximos meses foi o principal fator que levou ao resultado melhor do ICC. De acordo com a FGV, em um universo de mais de 2.000 domicílios pesquisados, a parcela dos entrevistados que apostam em melhora na situação da economia local nos próximos seis meses subiu de 28,3% para 30,9% de maio para junho. Já o porcentual dos que projetam piora caiu de 18,4% para 14,8% no mesmo período.

Ainda de acordo com a fundação, entre maio e junho houve melhora na avaliação feita pelos consumidores em relação à situação econômica local presente. A fatia dos pesquisados que avaliam como bom o cenário econômico atual subiu de 8,3% para 10% – sendo que a parcela dos que classificam como ruim caiu de 46,1% para 40,3%.

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