A confiança do consumidor teve uma queda de 3,1% em setembro na comparação com agosto e de 4,5% com relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) divulgado nesta sexta-feira, 29, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice registrou 98,5 pontos em setembro, revertendo o crescimento registrado no mês anterior e levando o índice para o menor valor do ano. Na comparação com média histórica, a redução do índice é de 9%.
A CNI destaca que, desde junho de 2016, o Inec tem oscilado bem abaixo da média histórica de 108,2 pontos, “alternando quedas e subidas, sem tendência definida”.
A pesquisa mostra que, em setembro, os consumidores mostram expectativas mais pessimistas em cinco dos seis componentes do Inec. Os consumidores acreditam na piora do desemprego, na queda da renda pessoal, no aumento do endividamento das famílias e no agravamento da situação financeira. Somente as expectativas em relação às compras de bens de maior valor agregado tiveram alta de 2,1% no mês.
A CNI destaca ainda que as variações negativas das expectativas dos consumidores foram significativas tanto na comparação com mês de agosto quanto em relação a setembro de 2016. Em relação a agosto, os recuos dos índices de expectativa do desemprego foram de 7,6%; e de endividamento, de 5,8%. Na comparação com setembro do ano passado, as maiores quedas de expectativa são registradas nos índices de expectativa de inflação (-11,9%) e de desemprego (-9,5%).
De acordo com a metodologia da pesquisa, quando maior o índice de expectativa, mais otimistas estão os consumidores. Essa edição do Inec foi feita entre os dias 15 e 20 de setembro, com entrevistas a 2 mil pessoas em 126 municípios.