O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) ficou em 102,2 pontos em maio, o mesmo valor de abril. Apesar da estabilidade, o indicador ainda segue em patamar baixo, 5,2% inferior à média histórica do estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que é de 107,8 pontos. Os dados do Inec foram divulgados nesta terça-feira, 29.
Dentre os componentes do Inec, a confiança dos brasileiros diante do emprego e da inflação piorou. O indicador de expectativa do desemprego caiu 2,8% e o de inflação, 1,1%, ambos em relação a abril.
O índice de expectativa de compras de maior valor também recuou em maio, 0,9% na comparação com abril e é 2,3% menor do que o registrado em maio do ano passado.
“O Inec de maio reflete o ritmo lento de recuperação da economia. Consumidores preocupados com o desemprego ficam mais cautelosos e tendem a diminuir o consumo e preservar suas reservas financeiras. Com isso, aumentam as dificuldades de uma recuperação mais intensa da economia”, diz o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, em nota. “As incertezas do processo eleitoral também afetam a confiança do consumidor”, completou o economista.
Os outros componentes do indicador registraram melhora em maio frente a abril: o de expectativa de renda pessoal aumentou 1,1%; o de expectativa de endividamento aumentou 3,2%; e o de situação financeira subiu 0,6%.
O Inec é realizado pela CNI em parceria com o Ibope Inteligência. Esta edição do levantamento ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 17 e 21 deste mês.