O otimismo dos consumidores quanto ao crescimento da economia brasileira caiu em fevereiro pelo segundo mês consecutivo, chegando ao patamar dos 157 pontos.
É o que mostra o Índice Nacional de Confiança (INC), calculado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e pelo Instituto Ipsos. O indicador sofreu uma redução de 4 pontos em comparação a janeiro deste ano, quando alcançou 161 pontos, o segundo melhor nível da série histórica da pesquisa, iniciada em abril de 2005.
O melhor desempenho do índice foi observado em dezembro do ano passado, quando chegou a 163 pontos. O resultado em fevereiro representa uma alta de 9 pontos sobre o visto no mesmo mês de 2010, que foi de 148 pontos.
O índice de confiança é calculado com base em mil entrevistas realizadas em nove regiões metropolitanas do País e varia de 0 a 200 pontos. Os resultados acima de 100 pontos representam otimismo e abaixo desse valor, pessimismo.
O desempenho do indicador em fevereiro diminuiu em todas as regiões do País, com exceção do Sul. O Norte e o Centro-Oeste, que em janeiro estavam em 200 pontos, caíram para 178 pontos, assim como o Sudeste, que passou de 168 para 160 pontos.
A Região Nordeste, a menos otimista, chegou ao patamar dos 123 pontos, uma queda de 12 pontos em comparação a janeiro. O Sul, por sua vez, registrou alta de 8 pontos no período, atingindo 175 pontos.
Em fevereiro, a classe C apresentou queda substancial na comparação com janeiro no otimismo quanto à economia brasileira, com baixa de nove pontos, chegando a 157 pontos.
Ainda assim, essa faixa de renda segue na liderança do otimismo. Os economistas da Associação Comercial de São Paulo atribuem a queda do otimismo ao aumento da taxa de juros para a pessoa física no período.
O otimismo das classes A e B permaneceu praticamente estável em fevereiro ante janeiro, passando de 155 para 156 pontos. Já a confiança das classes D e E teve oscilação negativa de 2 pontos, registrando no mês passado 144 pontos.
O Índice Nacional de Confiança aponta ainda que a maior parte dos brasileiros consultados segue confiante quanto à oferta de emprego no mercado (46%) e tem a intenção de fazer compras neste início de ano, com destaque para os eletrodomésticos (47%).