O brasileiro está menos confiante do que estava há um ano. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu 2,7% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado e registrou 110 pontos. O indicador, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou estabilidade na comparação com o mês passado, quando ficou em 110,1 – o nível mais baixo desde junho de 2009.
A CNI apontou que a expectativa de inflação, componente que mais pesou no pessimismo do brasileiro neste mês, recuou 5,9% na comparação com o mês passado e 11,1% em relação a julho de 2012. O índice de julho para a inflação, segundo a entidade, é o mais baixo desde 2001. Nessa pesquisa, quanto mais baixo é o indicador, maior é a preocupação. “Esse movimento deixa clara a preocupação do consumidor quanto à evolução dos preços nos próximos seis meses”, aponta a CNI.
O desemprego é outra questão que preocupa os brasileiros. O índice caiu 2% em relação ao mês passado e 8,1% na comparação com julho de 2012. Para a CNI, o movimento de baixa indica pessimismo quanto à capacidade da economia brasileira continuar gerando novos postos de trabalho nos próximos seis meses.
Em relação à perspectiva de renda e à avaliação da situação financeira, houve estabilidade na comparação de julho com junho: ambos subiram 0,1%. Se comparados a julho de 2012, a expectativa de renda pessoal caiu 0,4% e a da situação financeira, 2,4%.
Otimismo
Os entrevistados se mostraram otimistas em relação a endividamento e consumo de bens duráveis, quando comparado com o resultado de junho. Para compras de bens de maior valor, o índice subiu 2,1% e para endividamento, 1,3%. A percepção sobre as compras também melhorou em relação a julho de 2012, com crescimento de 3,4%. A expectativa sobre endividamento, entretanto, piorou na avaliação em 12 meses, com queda de 3,7%. A CNI informou que foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 11 e 14 de julho.