Os consumidores brasileiros estão menos otimistas ao final de 2010. É o que informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mostrou queda de 2,1% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal. A fundação também revisou para baixo a taxa apurada em novembro ante outubro para o ICC, de 2,7% para 2,6%. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), foi de 125,1 pontos para 122,5 pontos de novembro para dezembro.

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Em seu comunicado, a FGV informou que a menor confiança do consumidor em dezembro foi causada principalmente por uma piora nas expectativas quanto ao futuro. O ICC é dividido em dois indicadores. O Índice de Situação Atual (ISA) mostrou queda de 0,4% este mês após mostrar avanço de 4,5% em novembro. Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 3,4% em dezembro após apresentar alta de 1,5% em novembro.

Ainda segundo a fundação, o ICC subiu 8,9% em dezembro deste ano, na comparação com igual mês em 2009. No mês passado, o indicador nesta comparação avançou de forma mais intensa, com alta de 9,3% ante novembro de 2009.

Futuro

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A desconfiança em relação ao futuro da economia nos próximos meses foi a principal contribuição para a queda de 2,1% no ICC. O porcentual de consumidores entrevistados que aguardam melhora no ambiente econômico nos próximos seis meses caiu de 31,5% para 29,6%, de novembro para dezembro. Já a parcela de entrevistados que preveem piora na economia, nos próximos meses, subiu de 11,9% para 15,6%, no mesmo período.

Ainda segundo a fundação, nas respostas relacionadas ao presente, os consumidores continuam avaliando favoravelmente a economia. No entanto, a FGV fez uma ressalva: os brasileiros estão menos satisfeitos com sua situação financeira familiar. A fatia de consumidores entrevistados que avaliam a situação financeira atual como boa diminuiu de 30,1% para 28,8% do total. No mesmo período, o porcentual dos entrevistados que a consideram ruim aumentou de 10,3% para 11,9%.

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O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 18 de dezembro.