A confiança do consumidor caiu 0,3 ponto em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a queda, a primeira após duas altas seguidas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou 89,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,4 ponto este mês.

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Segundo a FGV, a Sondagem do Consumidor de outubro mostrou que a percepção das famílias sobre o estado geral da economia é “dúbia”. “A avaliação sobre a situação da economia no momento atual parece ser dúbia e por isso os indicadores que refletem perspectivas futuras continuam voláteis. As expectativas sobre a situação financeira melhoraram, mas as intenções de compras só se mantiveram mais altas para os consumidores de maior poder aquisitivo”, diz nota divulgada pela FGV.

Em outubro, o Índice de Situação Atual (ISA), uma das duas componentes do ICC, ficou estável, com 77,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,4 ponto, para 98,3 pontos, “se mantendo em patamar ainda abaixo do nível neutro de 100 pontos pelo sétimo mês consecutivo”.

Dentro do IE, o subíndice que mede o grau de otimismo com a situação econômica futura foi o que mais contribuiu para a queda da confiança deste mês, após recuar 1,5 ponto, para 114,3 pontos, o menor nível desde junho passado (111,9 pontos), mas acima do nível considerado neutro. Na contramão, o subíndice que mede a satisfação do consumidor sobre o momento atual da economia avançou 0,8 ponto, para 83,1 pontos, o maior nível desde março deste ano (83,5 pontos).

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A sondagem também apontou para uma piora nas percepções sobre a situação financeira das famílias no presente. O indicador que mede a avaliação desse quesito no momento atual diminuiu pela segunda vez seguida, de 73,1 pontos em setembro para 72,3 pontos em outubro. Por outro lado, o indicador que mede o otimismo desse quesito em relação aos próximos seis meses subiu 1,7 ponto, para 101,1 pontos, retornando ao patamar acima dos 100 pontos.

A análise por faixas de renda mostra que houve queda da confiança dos mais pobres (renda familiar mensal até R$ 4,8 mil) e aumento da confiança para os consumidores com renda superior a R$ 4,8 mil. A maior contribuição para a queda do ICC no mês vem da renda baixa (até R$ 2,1 mil), cujo índice caiu 1,5 ponto, para 85,6 pontos, devido a piora das expectativas, principalmente em relação à situação econômica nos próximos seis meses.

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O ICC das famílias com renda alta (acima de R$ 9,6 mil) subiu 1,6 ponto, para 94,4 pontos, impulsionado por um crescimento da intenção de compras de bens duráveis pelo segundo mês consecutivo.