A confiança dos consumidores argentinos aumentou 6,3% em março, ante fevereiro, e 38,7% na comparação anual, segundo pesquisa do Centro de Investigação em Finanças (CIF) da Universidade Torcuato Di Tella. O avanço mensal foi um dos maiores da série iniciada em 2000, “ficando apenas 5,9 pontos porcentuais da máxima histórica”, verificada em janeiro de 2007. A pesquisa mostrou também que a disposição para a compra de imóveis, automóveis e outros bens duráveis subiu 12,6%. “A predisposição para a compra de automóveis e casas é a mais alta dos últimos 11 anos”, informou o relatório.
A perspectiva de melhora na situação pessoal apresentou alta de 4,7%. O índice de expectativas macroeconômicas aumentou 3%. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 15 de março, com 1.201 entrevistas, e reflete o forte crescimento da economia. Em 2010, segundo o índice oficial, a economia cresceu 9,2%, mas as estimativas privadas apontam um número menor, em torno de 8,5%. O governo projeta um crescimento de 5% para 2011.
De acordo com relatório da consultoria Ecolatina, “o consumo vai manter-se firme, devido a um contexto de melhoras salariais, acompanhado por expectativas de alta inflação e falta de opções de aplicações com bons rendimentos”. O setor privado estima inflação entre 25% e 30% em 2011, o que torna “a compra de imóveis um refúgio contra a alta dos preços”, avalia a Ecolatina.
A consultoria Abeceb.com concorda com o diagnóstico e acrescenta que os gastos dos consumidores podem crescer 27% este ano. “O aumento da massa salarial e das aposentadorias e pensões e a expansão do crédito funcionam como disparador do consumo”, diz a consultoria.
