Os comerciantes brasileiros ficaram mais otimistas em fevereiro, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 3,3% em relação a janeiro, alcançando 113,2 pontos. Na comparação com fevereiro de 2017, o aumento foi de 18,5%.

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“A leve melhora do nível de consumo, devido à queda da inflação, início do processo de recuo no custo do crédito e no desemprego, resultou no aumento do otimismo por parte do empresário quanto ao cenário atual”, avaliou Bruno Fernandes, economista da CNC, em nota.

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O componente Condições Atuais do Empresário do Comércio, que mede a avaliação das condições correntes pelo comerciante, apresentou aumento de 6,1% na passagem de janeiro para fevereiro, para 90,4 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 46,3%. Apesar da melhora, o componente continua na zona negativa (abaixo dos 100 pontos).

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Na pesquisa deste mês, 48,8% dos comerciantes consideraram o desempenho do comércio melhor do que há um ano. Em fevereiro de 2017, esse porcentual atingia apenas 28,4% dos consultados.

Em relação ao ano passado, a percepção dos varejistas sobre as condições atuais melhorou expressivamente em todos os itens avaliados (economia, setor e empresa), com destaque para o aumento de 69,9% no subitem economia.

O componente Expectativas do Empresário do Comércio cresceu 1,5% em relação a janeiro, para 153,1 pontos. Na comparação com fevereiro do ano passado, a alta foi de 8%.

Houve melhora nas perspectivas de curto prazo sobre o desempenho do comércio (+8,1%), da própria empresa (+5,7%) e da economia (+10,6%), em comparação ao mesmo período de 2017. Na avaliação de 83,6% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos próximos seis meses.

O componente que capta as intenções de investimento do comércio teve avanço de 2,4% em fevereiro ante janeiro. Em relação a fevereiro de 2017, a elevação foi de 15,7%, com destaque para o aumento da intenção de investir na empresa (+25,9%).

Diante da perspectiva de melhor desempenho das vendas e contratações, há maior intenção de contratar funcionários (+17,2%) do que em fevereiro de 2017, assim como de renovar os estoques (+5,6%).

O porcentual de comerciantes que avaliavam o nível dos estoques acima do que o esperado diminuiu de 27,5% em janeiro para 25,9% em fevereiro. O movimento indica que a insatisfação quanto ao nível dos estoques vem caindo consistentemente para a média histórica do indicador, de 24,8%.

A CNC prevê uma expansão de 5% no comércio em 2018, puxado pela percepção de continuidade de menor pressão de preços no curto prazo, além de uma expectativa de recuo no custo do crédito e de recuperação do emprego e da renda ao longo do ano.