Confiança do comércio cai 2,8% no trimestre, indica FGV

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas caiu 2,8% no trimestre encerrado em agosto, ante queda de 3,4% no trimestre encerrado em julho. Na comparação com agosto de 2012, o índice teve queda de 1 %, inferior à registrada em julho (-3,9%) na mesma base de comparação. A principal contribuição para o resultado de agosto veio do indicador que mede o grau de satisfação em relação ao momento atual, que havia caído fortemente em julho, sob influência das manifestações populares. “A recuperação deste indicador sugere o retorno do setor a um ritmo de atividade moderado no terceiro trimestre de 2013”, aponta a FGV em nota.

O Índice da Situação Atual (ISA-COM) registrou taxa interanual trimestral de -3,5% no mês, ante recuo de 4,6% em julho. Em termos interanuais mensais, as taxas do ISA-COM passaram de -7,7% em julho, para 0,8% em agosto.

Já as perspectivas em relação aos meses seguintes não apresentaram grande mudança: a taxa interanual trimestral do Índice de Expectativas (IE-COM) passou de -2,6% em julho, para -2,5%, agosto. Em termos mensais, houve uma piora relativa, com a taxa interanual passando de -1,6% para -2,2%, respectivamente.

No Varejo Restrito, a variação interanual do indicador trimestral passou de -5,9% no trimestre terminado em julho, para -4,0%, em agosto; no conceito de Varejo Ampliado, a variação passou de -4,7% para -3,6%, respectivamente, nos mesmos períodos. O desempenho de Veículos, Motos e Peças segue menos favorável: as taxas de variação passaram de -1,6% para -2,4%. Após quatro meses de melhora, o segmento de Material para Construção voltou a piorar em agosto, com variação interanual trimestral passando de -0,9% para -1,8%. Já no Atacado, as taxas foram de -0,7% e -1,6%, respectivamente.

O Índice da Situação Atual (ISA-COM) retrata a percepção do setor em relação ao momento presente. Na média do trimestre findo em agosto, 16,4% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 23,1%, como fraca. No mesmo período de 2012, estes percentuais haviam sido de 19,4% e 22,7%, respectivamente.

Entre julho e agosto, considerando-se a comparação interanual trimestral, o indicador que mede o otimismo em relação às vendas nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu na piora do Índice de Expectativas (IE-COM), ao manter uma variação de -3,3%. Já a taxa de variação do indicador que avalia a tendência dos negócios nos seis meses seguintes passou de -2,1% para -1,7%, no mesmo período.

Em linhas gerais, os indicadores da Sondagem do Comércio – que haviam traçado um quadro desfavorável em julho – sugerem uma evolução favorável em agosto, com destaque para os segmentos integrantes do Varejo Restrito. Segundo a FGV, o resultado geral da pesquisa indica que o setor do comércio opera em ritmo de atividade moderado, com possibilidade de aceleração ao longo do terceiro trimestre.

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