O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 1,0 ponto na passagem de julho para agosto, saindo de 83,4 pontos para 82,4 pontos, o menor nível desde janeiro, informou na manhã desta sexta-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
“Enquanto na indústria a crise política deflagrada em maio parece coisa do passado, entre consumidores e no comércio o efeito do aumento da incerteza ainda causa preocupação e afeta a confiança”, afirma Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
“O resultado de agosto mostra que o ritmo da economia ainda é lento e que, passado o período de liberação de recursos de contas inativas do FGTS, o comércio está em compasso de espera por novas notícias que deem mais segurança com relação à sustentabilidade da recuperação econômica”, acrescenta a nota.
Nove dos 13 segmentos pesquisados pela FGV tiveram redução na confiança em agosto. A queda do Icom foi determinada pela piora tanto das expectativas quanto das avaliações sobre o momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 1,8 ponto, para 77,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) cedeu 0,3 ponto, para 88,1 pontos.
Por outro lado, no quesito que apura os fatores limitativos para melhora dos negócios, o item “não há impedimentos para melhora” cresceu de 15,7% em julho para 18,6% em agosto. Também houve redução nas menções à “demanda insuficiente” como fator limitativo, citado por 33,5% das empresas em agosto, o menor nível desde fevereiro de 2015.
A coleta de dados para a edição de agosto da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 1º e 23 do mês e obteve informações de 1.151 empresas.