A confiança dos empresários paulistas sofreu uma ligeira queda em julho, apontou o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Foi verificada uma queda de 0,2% na medição de julho (104,0 pontos) ante o mês anterior (104,2 pontos). Em maio, o indicador apontava 104,3 pontos. É importante lembrar que no dia 17 de maio veio à tona a crise política decorrente da delação da JBS.

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“O empresário do comércio parece ter iniciado o segundo semestre em compasso de espera, aguardando os desdobramentos da crise política que eclodiu em meados de maio”, aponta a FecomercioSP, em nota. A pontuação de julho acima dos 100 pontos, ainda assim, se encontra em patamar otimista. Na comparação com julho do ano passado, foi apurado um avanço de 22,3%. O indicador vai de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

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O desempenho do Icec foi sustentado pelas empresas com mais de 50 funcionários, relata a FecomercioSP. O indicador passou de 112,8 pontos em junho para 116,6 pontos em julho, caracterizando um aumento de 3,4%. Entre as empresas com menos de 50 colaboradores, foi constatada queda de 0,2%, de 104 pontos para 103,8 pontos. Já na avaliação anual, ambos grupos apresentaram altas, com 36,3% entre as empresas com 50 funcionários ou mais, e 22% entre aquelas com menos de 50 trabalhadores.

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Entre os componentes do Icec, foi apurada uma melhora do indicador que mede a percepção dos empresários sobre as condições atuais – o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec). Foi verificada alta de 76,8 pontos em junho para 77,2 pontos em julho – a maior pontuação desde maio de 2014. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o Icaec apontava 40,7 pontos, houve crescimento de 89,8%. “Os empresários estão em estado de atenção por causa do ambiente político muito mais tenso desde meados de maio. Em contrapartida, o ambiente econômico está mais propício aos negócios neste ano, e só não é melhor em decorrência da crise política, que coloca obstáculos ao desenvolvimento natural das atividades empresariais no Brasil”, avalia a entidade.

Quanto às expectativas futuras, apuradas pelo Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), houve queda marginal de 1,4% em julho, para 147,9 pontos. Em comparação a julho de 2016, porém, o indicador apresenta alta de 6,5%. “Mesmo diante de uma crise de grandes proporções, a confiança do empresário não caiu e permanece em patamar otimista (acima dos 100 pontos), o que mantém as esperanças um pouco acima do que seria razoável diante de mais um momento de grande incerteza em Brasília”, explica a FecormercioSP.

Investimentos

O apetite do empresário para investir, medido pelo Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), apresentou avanço de 1,3% em julho sobre junho, passando de 87,8 pontos em junho para 89 pontos. Na comparação anual, foi constatada alta de 14,8%. “A necessidade de aprovação da reformada Previdência é imperiosa se o País pensa em retomar investimentos e gerar renda e emprego”, argumenta a entidade. “Somente com a retomada da capacidade de mobilização do governo e do Congresso em torno das reformas é que o ambiente voltará ao normal.”