economia

Confiança de serviços sobe 4,4 pontos em março ante fevereiro, revela FGV

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 4,4 pontos na passagem de fevereiro para março, para 85,3 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 31. O resultado representa o maior nível desde dezembro de 2014.

“Os indicadores de março confirmam a tendência de melhora da percepção das empresas de serviços sobre o ambiente de negócios. Mas é importante destacar que essa melhora permanece ancorada fundamentalmente nas expectativas quanto aos próximos meses. A leitura que as empresas fazem sobre a situação corrente vem sendo bem mais moderada, o que deve se traduzir numa saída muito lenta para uma fase de retomada no nível de atividade real do setor”, avaliou o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, em nota oficial.

A alta da confiança em março foi a mais expressiva desde abril de 2009, quando o avanço foi de 4,8 pontos. Onze das 13 principais atividades pesquisadas tiveram melhora do ICS.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,9 ponto, para 74,4 pontos, após a queda de 0,8 ponto registrada em fevereiro. Já o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 7,9 pontos, para 96,4 pontos, o maior patamar desde março de 2014.

A principal contribuição para a elevação do ISA-S foi do indicador de percepção com a Situação Atual dos Negócios, com alta de 1,6 ponto para 75,0 pontos. No IE-S, o destaque positivo foi o de Demanda Prevista, que subiu 11,8 pontos, para 98,2 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços teve ligeiro aumento de 0,1 ponto porcentual em março, para 82,2%.

A Sondagem reuniu os três principais fatores apontados pelas empresas como limitadores do ritmo corrente de produção, criando um “Indicador de Desconforto Setorial”. Nos últimos trimestres, o Indicador de Desconforto teve melhora acompanhando o desempenho do ISA-S.

“Esse movimento recente sugere que, a despeito de continuarem reportando um contexto de dificuldades, as empresas percebem também uma recuperação, ainda que gradual, do seu ritmo de atividade”, analisou Silvio Salles. A coleta de dados para a edição de março da sondagem foi realizada entre os dias 1º e 29 deste mês.

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