O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,1 pontos na passagem de maio para junho, para 86,7 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 29. Com o resultado, o indicador desceu ao patamar mais baixo desde setembro de 2017, após quatro meses de quedas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o índice teve diminuição de 1,6 ponto.
“A confiança do setor de serviços manteve, em junho, a trajetória de queda iniciada em março, influenciada pela continuidade do movimento de calibragem das expectativas, sobretudo em relação ao ambiente de negócios, e pela deterioração da percepção sobre a situação corrente. A greve dos caminhoneiros, em maio, desorganizou de modo significativo vários segmentos da economia, e contribuiu ampliando assim os efeitos negativos sobre a confiança relacionados à incerteza política. O cenário é de uma recuperação bastante discreta no nível de atividade para os próximos meses”, avaliou Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Houve piora em dez das 13 principais atividades pesquisadas. O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 2,7 pontos, para 88,7 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA-S) recuou 1,5 ponto, para 85,1 pontos.
No IE-S, o item que mais contribuiu negativamente em junho foi o que mede a Tendência dos negócios nos próximos seis meses, com redução de 4,2 pontos, para 87,1 pontos, acumulando perda de 14,0 pontos nos últimos quatro meses. No ISA-S, a maior pressão negativa partiu do componente Situação atual dos negócios, com queda de 2,0 pontos, para 85,4 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de Serviços recuou 1,0 ponto porcentual em junho ante maio, para 81,1%, o menor nível da série histórica. A coleta de dados para a edição de junho da Sondagem de Serviços foi realizada entre os dias 4 e 26 do mês.