Confiança da indústria sobe 0,2% em janeiro

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, subiu 0,2% em janeiro ante dezembro, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa, embora positiva, é bem menor do que a apurada no mês passado, quando o ICI avançou 3,5% em relação a novembro.

O ICI é um indicador cujo cálculo é baseado em cinco tópicos da Sondagem da Indústria. A partir das respostas dos tópicos, a FGV elabora o resultado do índice dentro de uma escala que vai de zero a 200 pontos, sendo que o desempenho do indicador é de queda ou de elevação se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. Os dados atualizados do índice mostram que, de dezembro para janeiro, o indicador subiu de 113,4 pontos para 113,6 pontos, na série com ajuste sazonal, o maior nível desde julho de 2008 (113,7 pontos).

Na comparação com janeiro do ano passado, o ICI registrou alta de 56,0% este mês, um aumento menos intenso que a taxa positiva de 54,2% registrada em dezembro, no mesmo tipo de comparação, nos dados sem ajuste sazonal.

O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que teve alta de 0,6% em janeiro, após subir 3,5% em dezembro, nos dados da série com ajuste sazonal. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas (IE), que apresentou queda de 0,3% no primeiro mês do ano, em comparação com a taxa positiva de 3,5% em dezembro.

Na comparação com janeiro do ano passado, nos dados sem ajuste sazonal, houve aumentos de 49,4% e de 63,4%, respectivamente, para o ISA e para o IE, em janeiro deste ano. O levantamento para cálculo do índice foi feito entre os dias 4 e 26 deste mês, em uma amostra de 1.141 empresas.

Capacidade instalada

O Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria alcançou 83,8% em janeiro, na série com ajuste sazonal, de acordo com a FGV. O patamar do Nuci foi igual ao registrado em dezembro do ano passado.

Em comunicado, a FGV avaliou que o cenário do Nuci é de estabilidade em janeiro, na comparação com dezembro – sendo que o patamar de uso de capacidade estava em trajetória ascendente há oito meses. No entanto, a fundação informou que o nível dos dois últimos meses, de 83,8% na série com ajuste sazonal, é o maior registrado desde outubro de 2008 (85,1%). Este patamar, de acordo com a instituição, ainda está abaixo da média do Nuci no biênio 2007-2008, que é de 85,1%.

Na série de dados sem ajuste sazonal, o nível de uso de capacidade em janeiro foi de 82,1%, inferior ao apurado em dezembro, quando atingiu 84,2%.

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